EM MOVIMENTO

4, abril, 2014

Canção do Mondongo

Na pequena comunidade do Mondongo, as margens de um igarapé do Rio Amazonas no município de Óbidos (Pará) todo ano a Professora Marcinete e seus alunos criam letras locais para músicas populares. Confira aqui uma dessas versões e conheça um pouco mais sobre a vida nesta região de várzea do Baixo Amazonas.

Cantando o Pará

O cantor, compositor e repentista Chico Adão é um ilustre morador de Cachoeira Porteira. Com dois CDs lançados, Chico é famoso no Baixo Amazonas e presença constante nas festas e celebrações do Pará.  Filho da terra canta com propriedade sobre a vida dos castanheiros, ribeirinhos, pescadores e moradores em geral da região. Sua música A Vida do Castanheiro é praticamente um hino da comunidade, que as crianças de Cachoeira Porteira entoam com propriedade, como o jovem Levy que o acompanha neste vídeo.

 

Bilharzinho

Brincar é uma parte importante no dia a dia de qualquer criança, independentemente do lugar onde ela more. Na região Norte do Brasil, um lado muito legal do lazer é que as crianças constroem muitos de seus brinquedos, feitos para serem usados por todos e não para ficarem guardados. Na comunidade de Silêncio, no município de Óbidos, localizado no Pará, por onde andamos em março, a meninada se diverte jogando bilharzinho com bolinhas de gude, que eles chamam de peteca. A mesa foi feita por eles, usando tábuas e ripas encontradas por perto e os tacos foram feitos de pau de Jucazeiro, uma planta que também serve para estancar o sangue quando alguém se corta. Se você quiser saber como construir um bilharzinho e as regras do jogo é só ver o vídeo.

Cantigas da Vó Luzia

Vó Luzia, é praticamente a matriarca da comunidade do Mondongo, guardiã dos causos e canções da região. Quando jovem, vó Luzia ajudava a prima Maria Seixas, que era uma grande curandeira. Com ela aprendeu muitas cantigas de curador e os segredos dos “mestres do fundo”, como o Pretinho do Tinteiro, como ela mesma conta:
“Ela (a curandeira) foi defumar… Começava das nove horas da noite e terminava uma hora da madrugada… Ela tinha um mestre que chamava o Pretinho do Tinteiro, com quem ela aprendeu a cantar assim:
Eu sou o pretinho do tinteiro mãe, mãe
Eu sou o pretinho do tinteiro mãe, mãe
Debaixo de sete pedras mãe mãe…
Debaixo de sete pedras mãe mãe…
Amarro onça, amarro cobra, mãe mãe
Amarro tudo o que encontrar mãe mãe


 

Boto x Tucuxi

Num domingo de pescaria no Rio Trombetas em Cachoeira Porteira, Levy nos ensina a diferença entre o boto e o tucuxi!